A Defensoria Pública de Minas Gerais sediou, nesta quinta-feira (25/9), a abertura do II Encontro da Frente Afro-Indígena das Defensoras e dos Defensores Públicos do Brasil. Realizado no auditório da Unidade I, em Belo Horizonte, o evento reuniu defensoras e defensores de todo o país, além de lideranças sociais e representantes de instituições parceiras.
A Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) teve participação na cerimônia. Compuseram a mesa de abertura o vice-presidente administrativo da ANADEP, Rômulo Carvalho; o coordenador adjunto da Comissão de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da entidade, Francisco de Assis Carvalho Junior, e a diretora internacional, Juliana Linz. Ambos ressaltaram a relevância do encontro como espaço de articulação e de fortalecimento do compromisso institucional da Defensoria com a pauta étnico-racial. Rômulo Carvalho agradeceu o empenho da Defensoria mineira na realização do evento e a presença de participantes de diversos locais do estado e país.

No primeiro painel, a vice-presidente da ADEP-MG, Lígia Olimpio de Oliveira, também representou a Comissão Étnico-Racial da ANADEP, que teve como tema “Perspectivas de Justiça Racial e Reparação Histórica”. Em sua fala, destacou a necessidade de ampliar a representatividade e de manter viva a missão de promover a igualdade racial dentro e fora da instituição.
Na ocasião, a palestrante convidada, a cientista social e jornalista Diva Moreira, trouxe reflexões sobre os impactos do racismo estrutural no Judiciário brasileiro, enquanto a doutora em educação Yone Gonzaga defendeu a urgência de uma educação antirracista como caminho para a reparação histórica.
Outro momento relevante foi a apresentação da pesquisa “Como as políticas afirmativas são implementadas pelas Defensorias Públicas no Brasil? Panorama das cotas nos concursos de ingresso na carreira”, desenvolvida em parceria com o Fórum de Justiça. A defensora pública de São Paulo e coordenadora do Projeto Fórum de Justiça, Mônica de Melo; o professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Luciano Santana Pinheiro; e a doutora em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), Edilza Sotero, apresentaram detalhes sobre a pesquisa.
O II Encontro da Frente Afro-Indígena segue até o dia 27, com atividades no auditório do CENARAB, em Belo Horizonte. A programação inclui painéis de debate, exposições e apresentações culturais, sempre com o compromisso de colocar em evidência as vozes e demandas das populações preta e indígena.
A edição é uma iniciativa da Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos (ANADEP), por meio das Comissões Temáticas de Igualdade Étnico Racial e de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, em parceria com a Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos de Minas Gerais (ADEP-MG), o Fórum Justiça e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).