Este site utiliza cookies para guardar as informações de quem faz login,
a fim de manter a conexão com a área restrita do site.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade
(clique aqui).
11/06/2025
Coordenadora da Comissão Temática dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ANADEP participa de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater "Educação Inclusiva e Educação Bilíngue para Pessoas Surdas"
Fonte: ASCOM ANADEP *Com informações da Agência Câmara
Estado: DF
A coordenadora da Comissão Temática dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ANADEP, Renata Flores Tibyriçá, participou, nesta terça-feira (10/6), de uma audiência pública promovida pela Comissão Especial responsável pela análise do Novo Plano Nacional de Educação (PL 2614/24). A sessão foi conduzida pela presidente da comissão, deputada Tabata Amaral (PSB-SP).
Na ocasião, os(as) participantes destacaram a falta de qualificação de professores(as) e a ausência de infraestrutura adequada como os principais obstáculos para a universalização do atendimento especializado a estudantes com deficiência.
Durante sua intervenção, Renata Tibyriçá enfatizou o papel da Defensoria Pública na garantia de direitos educacionais. Segundo ela, mais do que assegurar o acesso à matrícula, é essencial garantir a permanência de crianças e adolescentes na escola, com estrutura adequada, capacitação de profissionais e acesso ao transporte escolar. Ela mencionou casos que chegam à Defensoria Pública de São Paulo como exemplo da realidade enfrentada.
“São necessárias estratégias universais, como o desenho universal da aprendizagem, para garantir que o aluno com deficiência não apenas tenha acesso e frequência escolar, mas que efetivamente participe e aprenda, assegurando uma inclusão verdadeiramente efetiva”, destacou.
Dados
Atualmente, 42% das demandas por atendimento educacional especializado são atendidas na rede de ensino, totalizando cerca de 2 milhões de matrículas – sendo 1,7 milhão na rede pública e 310 mil na rede privada, conforme informou o diretor de Políticas de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC), Alexandre Mapurunga.
Segundo ele, 98% dos estudantes com necessidades educacionais especiais estão inseridos em escolas regulares, e não em instituições especializadas. “Temos apenas 42% de cobertura assegurada. Por isso, é fundamental manter a meta de universalização do atendimento educacional especializado”, afirmou.
O representante do MEC referiu-se à meta de universalização da educação especial prevista no Plano Nacional de Educação (2014–2024), que não foi cumprida e deverá ser mantida na próxima edição do plano.
Mapurunga, que é autista, reforçou que a política de universalização foi concebida especificamente para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (como o autismo) e altas habilidades. Ele alertou que ampliar o escopo dessa política poderia comprometer a sua efetividade.
Nesse sentido, o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) ressaltou a importância da formação de profissionais especializados. “É absolutamente necessário investir tanto na formação inicial de professores em educação especial quanto na formação continuada dos demais profissionais da educação”, afirmou.