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30/04/2025

CE: Dois novos defensores tomam posse nas comemorações de aniversário da Defensoria do Ceará

Fonte: ASCOM/DPECE
Estado: CE
“Hoje, vocês não apenas tomam posse de um cargo, mas assumem uma causa, uma luta coletiva, um pacto com quem mais precisa. A nossa missão é levar direitos onde há ausência, fazer presença onde o estado historicamente falhou, desconstruir injustiças e incomodar”. Foi com essa mensagem que a defensora pública geral, Sâmia Farias, recebeu Lucas Dames Corrêa de Sá e Suian da Rocha e Silva Lopes, os mais novos defensores públicos do Ceará. A Sessão Solene de Posse do Conselho Superior da Defensoria ocorreu no auditório da instituição, em Fortaleza, na tarde desta segunda-feira (28), data em que se comemoram os 28 anos de criação da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE).
 
Compuseram a mesa de honra a presidenta do colegiado e defensora pública geral Sâmia Farias, e os conselheiros natos: o subdefensor Leandro Bessa, a corregedora Sandra Dond, os conselheiros eleitos Adriano Leitinho Campos e Sheila Florêncio Alves Falconeri, e a ouvidora geral externa Joyce Ramos e a presidenta da Associação das Defensoras Públicas e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), Kelviane Barros. Também participaram do evento o ex-defensor geral do Amazonas, Ricardo Queiroz de Paiva, acompanhado do 2º subdefensor Marco Aurélio Martins da Silva.
 
A Defensoria é um sonho que Lucas Dames cultiva desde os tempos de faculdade, quando foi estagiário na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ). “Ali descobri porque e para quê eu cursava a faculdade de Direito. Tive um contato direto com pessoas humildes, enfrentando diferentes tipos de vulnerabilidade, o que despertou em mim a vocação e o desejo pelo exercício do cargo de defensor público”, relembra. Mas até assinar o termo de posse e poder iniciar os atendimentos na cidade de Crateús, foram 21 anos de exercício na advocacia, uma década como servidor DPRJ e muitos concursos para a Defensoria Pública de vários estados, de norte a sul do País, como destacou no discurso emocionado, diante dos familiares. “Hoje realizo um sonho que, por muito tempo, esteve longe de se concretizar. Depois de rodar o país fazendo concursos, tive a alegria de conseguir minha aprovação no Ceará e pretendo usar minha experiência como servidor, além da minha atuação como advogado para contribuir cada vez mais com a expansão da Defensoria e com a concretização do direito fundamental de acesso à justiça”, disse.
 
Para Suian Lopes, que já atuava como defensora pública no Estado do Amazonas desde 2022, a volta para o Nordeste tem sido carregada de emoção. “Eu sou baiana e meus pais já moraram em Fortaleza, então realmente é um sentimento de retornar para perto de minhas raízes”, justifica. Na plateia, o olhar compreensivo e orgulhoso dos amigos, que ela chamou de “comitiva de defensores”, vieram do Norte para aplaudir a posse. “Vocês aqui demonstram o quanto foi difícil sair de um lugar que tão bem me acolheu e se transformou em um verdadeiro lar. Minha eterna gratidão”, declara.
 
Nem mesmo a experiência de três anos como defensora diminui a expectativa de iniciar uma nova história na cidade de Tianguá, onde vai ser designada. Ela está confiante. “Hoje é meu ponto de partida, meu recomeço. Confesso um pouco de medo pelo desconhecido e dos novos obstáculos a serem enfrentados, mas também muita coragem e vontade de fazer a diferença. Estou aqui para servir ao povo cearense e entregar um melhor serviço à população mais vulnerável do estado, rompendo com as barreiras de acesso à justiça”, afirma. “Estar nesse cargo como mulher negra e nordestina me trouxe uma maior responsabilidade, com a consciência que minha vitória é coletiva, conquistada através de suor e sangue dos meus antepassados,  que conseguiram romper com as amarras da escravidão”, afirma Suian Lopes. 
 
O fortalecimento institucional da Defensoria foi ressaltado pelo conselheiro eleito, Adriano Leitinho Campos. “Na minha época de faculdade, era uma instituição pouco reconhecida, mas hoje temos uma Defensoria forte, autônoma, com orçamento próprio e respeito. Tenho orgulho de fazer parte dessa história de transformação, especialmente em um país onde mais da metade da população vive em vulnerabilidade social.”
 
A presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Ceará (ADPEC), Kelviane Barros, também reforçou o papel social da instituição. “Nossa trajetória de 28 anos é resultado de muita luta e dedicação de uma equipe que trabalha incansavelmente por direitos e justiça”.
 
Já são 38 defensoras e defensores aprovados no concurso público de 2022,  o primeiro da história da DPCE a adotar cotas raciais na seleção de membros. Além das cotas para pessoas com deficiência (5%), passaram a ser reservadas vagas para pessoas negras (20%), indígenas (5%) e quilombolas (5%), ampliando o compromisso institucional com a equidade e a diversidade.
 
Ao parabenizar os novos defensores, a ouvidora geral externa Joyce Ramos lembrou o verdadeiro significado da carreira. “Essa palavra carrega um grande peso na realidade social brasileira, simbolizando acolhimento, proteção e justiça. Mais do que a capacidade técnica, o que realmente importa é o acolhimento”, afirmou. 
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