Para marcar o pré-lançamento da campanha nacional "Defensoria Pública: em ação pela inclusão", a ANADEP promoveu, nessa segunda-feira (17/4), oficina virtual de comunicação para tratar dos direitos das pessoas com deficiência e as ferramentas de acessibilidade. O principal objetivo da campanha é promover a educação em direitos e servir como instrumento da luta anticapacitista e inclusão das pessoas com deficiência em todos os espaços.
A presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte, deu início à oficina reforçando a importância de conhecer cada vez mais a temática. "Nós sabemos que essa campanha para nós, defensoras e defensores, servirá para aprendermos e atendermos melhor nossos assistidos e melhorarmos os espaços estruturais de atendimento. A Defensoria Pública é uma das Instituições que tem o poder de tomar as medidas necessárias à garantia dos direitos previstos na Lei Brasileira de Inclusão. Além disso, é preciso ressaltar que atualmente há Defensorias que contam com o Núcleo ou Defensoria Especializado/a na Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência", pontuou.
Em seguida, houve a participação da equipe do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A atividade foi ministrada pela coordenadora da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do STJ, Simone Pinheiro, e pela assessora de comunicação, Mônica Andrade. Elas apresentaram o site, a aba específica para as questões de acessibilidade e sobre a utilização de softwares e aplicativos para tornar a comunicação mais acessível. Houve ainda dicas para descrição de imagem nas redes sociais e apresentação da Rede de Acessibilidade na Administração Pública, composta pela Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Senado Federal e Tribunal de Contas da União.
"Juntos nós elaboramos a cartilha "Como construir um ambiente acessível nas organizações públicas", a qual auxilia gestores a elaborar um plano de acessibilidade. A aplicação das orientações da cartilha, aliada à construção de parcerias internas, tem contribuído para que o STJ se torne um órgão cada vez mais acessível física e digitalmente", afirmou as especialistas.
O segundo momento foi marcado pela participação do advogado Marcelo Panico e do especialista em Soluções em Acessibilidade da Fundação Dorina. A Instituição funciona há mais de sete décadas e tem se dedicado à inclusão social das pessoas com deficiência visual e com baixa visão.
Marcelo Panico contou sua experiência na entidade e de sua vida profissional, ao ficar cego aos 33 anos de idade. "Eu passei em concursos públicos de órgãos que não tinham como me receber e me demandar trabalhos porque não estavam preparados para isto. Depois que fiquei cego, a Fundação me ajudou a fazer parte deste mundo de quem tem baixa visão ou não enxerga", disse.
Participaram da oficina defensoras e defensores públicos, membros da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ANADEP, diretoria da entidade, assessorias de comunicação das Associações Estaduais e do DF e das Defensorias Públicas, além de defensores(as) públicos(as) gerais.
Confira alguns materiais expostos na oficina:
Clique aqui e confira a cartilha a cartilha "Como construir um ambiente acessível nas organizações públicas";