O 2º Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) reconheceu o Núcleo de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Distrito Federal (NDH/DPDF) como vencedor na categoria de serviço público. A solenidade de entrega da condecoração foi realizada nesta segunda-feira (6), às 19h, no Plenário da Câmara e transmitida ao vivo no canal do Youtube da CLDF.
A conquista do Núcleo de Direitos Humanos é fruto de um trabalho cooperativo e diligente nas mais diversas pautas em todo o DF. Contra as ações de despejo e remoções forçadas, o NDH alcançou maior destaque na defesa dos grupos vulneráveis, durante a pandemia de covid-19, prezando pela proteção dos seus direitos fundamentais.
Desde ações individuais e coletivas, o NDH moveu equipes para a arrecadação de cestas básicas e itens de higiene; ações de conscientização; palestras e rodas de conversa; e manteve o atendimento especializado para vítimas de discriminação de raça ou etnia, de credo, de identidade de gênero e de orientação sexual, das pessoas com deficiência, das pessoas em situação de rua e dos grupos de pessoas com dificuldade de acesso à habitação, à mobilidade urbana e ao ambiente equilibrado.
Coordenada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF, a premiação recebida pelo Núcleo visa reconhecer entidades, empresas, trabalhos acadêmicos e jornalísticos que contribuíram na promoção de direitos fundamentais em todo o Distrito Federal, nas mais diversas áreas de atuação (educação, saúde, trabalho e outros).
Em homenagem a Marielle Franco, figura política que lutou durante anos por um mundo mais justo, o prêmio é um ato de resistência ao fortalecer a defesa em prol dos direitos humanos, da cidadania e da dignidade humana. Com o engajamento sendo multiplicado, condecorado e reconhecido, os atores sociais, trabalhos e entidades envolvidos se destacam no cenário democrático do DF.
Neste ano, as indicações foram realizadas através de um formulário disponibilizado online, reunindo organizações da sociedade civil, ativistas, serviços públicos, jornalistas, reportagens ou veículos de comunicação, trabalhos acadêmicos e empresas que tiveram uma função intensamente ativa pela defesa dos direitos humanos no Distrito Federal. Exceto servidores(as) públicos(as) não puderam se inscrever ou fazer indicação.
Na categoria “sociedade civil”, o Projeto Dividir, a Campanha Despejo Zero e o Instituto No Setor ganharam prêmios. Em “ativistas”, Jacira Silva, Douglas Protázio e Karina Aparecida Figueiredo foram os selecionados. Ao lado do Núcleo de Direitos Humanos da DPDF em “serviços públicos”, também estão a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN), o Conselho de Saúde do Distrito Federal e a Unidade Básica de Saúde nº 5 de Taguatinga.
O jornalista Brunno Melo e a Revista Traços tiveram prêmios em “jornalismo” e o Movimento negro em Brasília: memórias da ditadura ganhou em “trabalho acadêmico”. Por último, a Café Objeto Encontrado foi premiada na categoria “empresa”.