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27/10/2021

CE: Defensoria lança estudo inédito e campanha elaborados pela Rede Acolhe

Fonte: ASCOM/DPE-CE
Estado: CE
A Defensoria Pública do Estado do Ceará lançou hoje (26/10), o estudo inédito elaborado pela Rede Acolhe. A pesquisa intitulada  “Em busca por Justiça – Investigação dos crimes violentos em Fortaleza: Um olhar da Defensoria Pública do Ceará” é um recorte de 180 casos atendidos pela Defensoria durante o ano de 2019. Também foi apresentada a campanha “Você tem direitos. Você não está sozinha”, em defesa do direito das vítimas de violência e produzida em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). 
 
Estiveram presentes na primeira mesa do evento, a defensora pública geral do Estado do Ceará, Elizabeth Chagas, o deputado estadual, Renato Roseno, a promotora de justiça, Márcia Lopes, neste ato representado o Procurador Geral do Ceará, além das defensoras públicas Michele Camelo e Lara Teles, coordenadora do estudo. A pesquisa apontou que dos 180 casos de Fortaleza analisados, tiveram 191 pessoas mortas e o perfil preponderante é: jovem (56%), do gênero masculino (82%), negro (80%) e morador de periferia (98%). “Esse é um problema coletivo de toda a sociedade cearense e esses dados servem para percebermos a realidade que nos cerca e tentar chegar a uma solução”, frisou Lara Teles.
 
A defensora pública Michele Camelo, assessora de relacionamento institucional da Defensoria, realizou a abertura da mesa. “O ano de 2020 foi um ano muito difícil para todas as pessoas, mas na Defensoria foi um ano muito importante, pois tivemos um olhar interno muito interessante, um olhar para o nosso assistido. Analisar quem são as pessoas que nos procuram, quem são as pessoas vítimas de violência, saber o que está acontecendo e como contribuir”, contou.
 
Para a promotora Márcia Lopes, o estudo se mostra como uma voz a mais. “O estudo permite que a gente repense a nossa forma de trabalhar, no momento em que ele quantifica essa situação de quanto que a escolaridade afeta o número das vítimas, o poder público vai poder, com base nisso, nortear políticas públicas”, explicou a promotora de justiça.
 
O deputado estadual Renato Roseno, que é presidente da Comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Ceará, destacou a relevância da atuação da Rede Acolhe na sociedade. “Ao longo da nossa trajetória, nós temos atendido centenas de mães que perderam seus filhos. A maior dor da humanidade é enterrar o próprio filho. É uma quebra do pacto civilizatório quando a geração mais velha enterra a geração mais nova. Nós temos que acolher essa mãe. Por isso que a Rede Acolhe é tão importante”, pontuou. “O nosso esforço não é só produzir informação. O nosso esforço é produzir um pacto ético, político e social em torno da consigna de que ‘cada vida importa’ ”, acrescentou Renato.
 
No encerramento na mesa de abertura, a defensora geral Elizabeth Chagas reiterou o papel extremamente relevante da Rede Acolhe, do estudo e da campanha. “Desde 2017, com o seu surgimento, ela vem prestando assistência a familiares de vítimas de atos de violência. A Rede surgiu para lidar com um universo delicado da insegurança, visto que, em 2017, o Ceará havia registrado altos índices de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). E seguimos nestes índices que acarretam a vitimização da nossa juventude e em busca de justiça”, contextualizou a defensora. “Então, este estudo inédito nos traz de novo a oportunidade de refletir e de pactuar novas políticas públicas”, pontua. 
 
A segunda mesa do dia foi iniciada pelo defensor Regis Jereissati, representando a Escola Superior da Defensoria e também teve o chefe do escritório do comitê internacional da cruz vermelha em Fortaleza, Elliot Wood, e do assessor da Rede Acolhe, Thiago Holanda. Em apresentação, eles falaram sobre a campanha Você tem direitos. Você não está sozinha. “Reconhecemos a importância do momento e dos estudos realizados pela Defensoria. Vale lembrar que todas as pesquisas realizadas por nós defensores estão disponíveis no site da Defensoria”, disse Regis Jereissati.
 
“A violência  armada é um fenômeno complexo e de muitas facetas, embora tenha uma parte visível muito clara imensurável. Os impactos da violência vão muito além do que se mostra, por isso é tão importante olharmos juntos sobre esse assunto para irmos mais longe. Felicitamos  os esforços realizados pelos valorosos defensores públicos do Ceará e os estudos realizados pela Instituição e, nos colocamos à disposição para contribuir com todos os trabalhos desenvolvidos”, falou Elliot Wood.
 
Finalizando o evento, o assessor Thiago Holanda, agradeceu a todos os parceiros para o desenvolvimento da pesquisa. “Como é importante nos atentarmos a este tema. A maioria das pessoas vítimas da violência urbana não têm seus direitos reconhecidos. A violência letal afeta o público mais vulnerável, aqueles mais precarizados, precisamos reafirmar que não são apenas números, mas pessoas”. Ele destacou a campanha que começa a circular em novembro, com busdoor nos bairros mais atingidos pela letalidade e destacando a mulher como figura central desta ausência de direitos. “É a mulher nosso público prioritário e que precisa lidar com a ausência do filho, do companheiro, por isso a campanha se intitula ‘Você não está sozinha’, porque criamos em volta dela esta rede de acolhimento e de busca por respostas”, explica a defensora geral. 
 
Os pesquisadores que compuseram o estudo estiveram presentes e acompanharam o momento. Jessica Cavalcante, psicóloga da Rede Acolhe, destaca também a necessidade de  compreender que não são apenas 180 casos analisados, mas 180 pessoas que não tiveram seus direitos assegurados. “O nosso principal objetivo foi chegar nessas vítimas e oferecer um atendimento psicossocial e assistência jurídica. Não estamos preocupados apenas com números, mas que esses sujeitos sejam ouvidos e atendidos”.
 
Serviço
 
Rede Acolhe
 
Fale conosco: (85) 98895-5723
 
E-mail: redeacolhe@defensoria.ce.def.br
 
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