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22/10/2020

MT: Adolescente com doença rara consegue tratamento médico após intervenção da Defensoria Pública

Fonte: ASCOM/DPE-MT
Estado: MT
Vitor Hugo Lopes Silva, 16 anos, foi diagnosticado com ceratocone aos 15, quando recebeu indicação médica para a cirurgia “crosslink corneana”, nos dois olhos. Do contrário, perderia progressivamente a visão. Por falta de recursos, a família retardou o procedimento por um ano, e quando a situação se agravou, pediu ajuda da Defensoria Pública de Mato Grosso para viabilizar o tratamento, que não é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
 
“Graças a Deus foram colocadas pessoas especiais em nosso caminho e no dia 07 de outubro completou 90 dias da cirurgia. Estamos otimistas que o meu filho vai recuperar a visão esquerda, que ele tinha perdido quase que completamente, pois ele está reagindo bem. A visão já está melhor”, conta a manicure Maria Silva.
 
A cirurgia foi feita no Hospital dos Olhos de Cuiabá, por determinação da Justiça, depois que o defensor público da comarca de Tangará da Serra, Daniel Rodrigo de Souza Pinto e sua equipe, protocolaram uma ação de obrigação de fazer contra o Estado e o município, para que garantissem tratamento médico gratuito à família.
 
A ação foi registrada na Vara de Fazenda Pública de Várzea Grande no dia 08 de junho. No dia 18 do mesmo mês, o juiz José Luiz Lindote determinou que o procedimento fosse financiado pelo Estado e pelo município de Tangará da Serra e no dia 07 de julho, a cirurgia foi realizada pelo oftalmologista Orivaldo Nunes Filho. 
 
Visão - Maria conta que descobriu que havia algo errado com a visão do filho durante um passeio com uma amiga e os filhos. “Estávamos passeando no bosque e paramos para ver um macaquinho que apareceu no lugar, todos viram e o Vítor disse que não tinha enxergado. Duvidei e quando chegamos em casa, perguntei de novo e ele garantiu que não tinha visto. Antes disso, ele fez reclamações pontuais. Então procuramos um médico”, contou.
 
A manicure diz que à época, a oftalmologista a orientou a procurar um especialista em córneas, profissional que não tem em Tangará da Serra. A família fez uma vaquinha para pagar a consulta com um, na Capital. “Em Cuiabá o médico disse que a suspeita da primeira médica se confirmou e o Vítor tinha ceratocone, uma doença rara, que afina a córnea e faz ela sair para fora do globo, em forma de cone. E isso leva à cegueira progressiva. E se não é corrigida, a pessoa só recupera a visão com um transplante de córneas”, disse.
 
Relatos médicos indicam que os sintomas da ceratocone aparecem pela primeira vez durante a puberdade ou no final da adolescência e incluem visão turva e sensibilidade à luz e claridade.
 
Saúde Pública - A falta de dinheiro fez com que a família tentasse tratar, com uso de lentes e óculos, por seis meses, no município. Mas o caso se agravou. “Por seis meses a esposa do chefe do meu marido nos ajudou, ela é oftalmologista, mas a situação não regrediu e ele corria risco de perder toda a visão esquerda. Precisava fazer a cirurgia ou teria que ir para a fila do transplante. Nesse momento que uma pessoa me orientou a procurar a Defensoria Pública, pois o procedimento ficaria em R$ 8 mil e a minha família não tinha esse dinheiro”.
 
Mãe de outros dois filhos, Maria conta que o marido trabalha como vendedor de tintas e se o procedimento não fosse custeado pelo Estado, não teriam como fazê-lo. “O tratamento que tive no órgão eu só posso agradecer, pois vi meu problema sendo resolvido, no meio de todo esse tumulto da pandemia. Não conheço pessoalmente a funcionária nem o defensor que me atenderam, mas sou muito agradecida a eles, pois foram colocados por Deus em nossas vidas, no momento que minha família mais precisou”.
 
O defensor público afirma que atuar no caso resolvido com eficácia e com avaliação positiva da família, os deixa muito felizes. “Quero ressaltar o trabalho importante dos servidores da Defensoria, principalmente minha equipe, que tem se desdobrado para se adaptar e oferecer o melhor atendimento possível. Isso é motivo de grande satisfação”, disse.
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