Com atendimentos e orientações em relação a violência contra mulher, direitos do consumidor e ações consensuais de várias natureza, a Defensoria Pública do Estado do Piauí esteve neste sábado (07), na Praça do Distrito do bairro Dirceu Arcoverde. O momento coroou também o trabalho já desenvolvido pela primeira turma de defensoras populares, formada junto a mulheres do Itararé e região.
Participaram da ação o defensor público geral, Erisvaldo Marques dos Reis, a subdefensora pública geral, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior; a coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Lia Medeiros do Carmo Ivo; a coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor, Ângela Martins Soares Barros e os defensores públicos Alessandro Andrade Spíndola, titular da 1ª Defensoria Pública do Consumidor e Armano Carvalho Barbosa, titular da 3ª Defensoria Pública da Mulher.
A mobilização da população foi feita pelas Defensoras Populares. Na praça várias pessoas aprovaram a iniciativa da Defensoria. Para o garçom aposentado Abelardo Martins Pereira, a ação só mereceu aplausos. “Um atendimento assim é louvável e importante, muito necessário e seguro, porque sendo perto de casa evita que as pessoas gastem com deslocamento”, afirmou.
A zeladora Maria das Dores Cardoso, que buscou informações sobre retificação de registro e também curatela, foi orientada pela equipe da Defensoria Itinerante e aprovou. “Eu estava precisando saber dessas informações e fui muito bem atendida, fiquei satisfeita”, disse. O pintor Augusto César Ferreira Santos, buscou atendimento junto ao Núcleo do Consumidor e destacou a ação. “É muito importante já que às vezes a gente nem sequer conhece nossos direitos e aqui vemos que temos sim”.
A presidente da Associação de Mulheres do Itararé, Maria dos Remédios Silva, que é defensora popular, afirmou que o momento foi muito importante para o bairro. “Vindo até aqui a Defensoria Pública cumpre o seu papel e, para nós da comunidade, tem um valor muito grande ”, afirmou. Kleps Dias, presidente da Associação de Moradores do Grande Dirceu, disse que o trabalho da Defensoria neste sábado no bairro foi “necessário e essencial”.
Os defensores públicos presentes destacaram a relevância da ação. “Muito positiva, trouxemos até a população o atendimento de mais de um Núcleo da Defensoria, proporcionando atendimento jurídico e esclarecendo dúvidas. Pelo Núcleo do Consumidor tivemos casos de pessoas que tiraram dúvidas sobre cheque especial, cartão de crédito, multas aplicadas pelas concessionárias de água e energia elétrica. Esperamos que a população tenha usufruído desse trabalho que oferecemos com empenho e dedicação”, disse a coordenadora do Núcleo do Consumidor, Ângela Barros.
“Essa atividade veio unir dois objetivos, trazendo de certa forma uma continuidade ao projeto Defensoras Populares após a formatura da primeira turma, já contando com a ajuda delas como instrumentos de mobilização da comunidade e unindo tanto as orientações sobre os direitos das mulheres, cujo Dia Internacional comemoramos neste domingo, um momento de comemoração pelas conquistas, mas também de reflexão pelo que ainda precisamos caminhar, assim como o dia dos Direitos do Consumidor, que se comemora dia 15 e ainda potencializamos a ação com a participação da Itinerante. Esperamos que o momento, assim como é produtivo para nós, seja também para a comunidade”, ressaltou a Coordenadora do Núcleo da Mulher, Lia Medeiros.
O defensor público Alessandro Spíndola destacou que é sempre positivo ir até a população. “É sempre bom sair um pouco dos gabinetes, principalmente nesse momento pela conscientização das mulheres e também dos consumidores. É muito positivo chegar até a população. Vemos a alegria da comunidade quando a gente se faz presente. A Defensoria está de parabéns e que isso se repita, cumprindo esse compromisso da gestão”.
Maria Helena Santos, secretária executiva da Secretaria da Mulher da Prefeitura de Teresina, também se manifestou sobre a ação da Defensoria. “É de extrema importância, no momento que sai de sua função principal, que é defender, e vem para a comunidade orientar. Principalmente porque aproxima o Sistema de Justiça da comunidade. Acredito que isso é o amplo acesso à Justiça”, afirmou, no que foi complementada pela coordenadora da Casa Abrigo e integrante do Movimento de Mulheres do Itararé, Ana Cleide. “A Defensoria é a Instituição que mais vemos em contato com a comunidade. Supre as expectativas que as lideranças comunitárias têm, que é de ter os serviços públicos próximos. Ela vem porque considera a condição das pessoas, que muitas vezes não têm sequer um vale transporte”, disse.
A subdefensora pública geral destacou. “Foi um momento de muito retorno, no qual além dos atendimentos e esclarecimentos de dúvidas, tivemos proveitosas rodas de conversa sobre direitos das mulheres e dos consumidores. Também aproveitamos para entregar as carteiras de identificação das defensoras populares, comprovando que fizeram o curso e que estão habilitadas a trabalhar. Lembramos que o Dia da Mulher não é só de comemoração, mas principalmente de reflexão sobre direitos, sobre o que está acontecendo hoje no país, com todas nós mulheres e também sobre o consumidor. Foi um rico momento de trocas de experiências, que esperamos poder repetir junto a outras comunidades”, afirmou Carla Yáscar Belchior.
Para o defensor público gseral a ação foi positiva. “É um projeto de Gestão estar mais próximo da comunidade, o que temos procurado desenvolver da melhor maneira. Estamos, por meio dos nossos projetos, nos CAPs, no Areolino de Abreu, nos bairros, nos quilombos e em tantos outros lugares, também são inúmeras ações realizadas por Defensoras e Defensores vocacionados, em um esforço para que a população tenha o maior número de serviços à disposição. Na Praça do Distrito, no Dirceu Arcoverde, cumprimos mais uma etapa dessa meta e estamos dispostos a continuar seguindo em frente, abrangendo o maior número possível de comunidades. Onde houver qualquer violação de direitos, qualquer necessidade de orientação e atendimento, a Defensoria Pública estará. Queremos cada vez mais chegar até as comunidades, nas quais residem as pessoas que nos fortalecem nesse propósito de assegurar direitos”, afirmou.
