Uma das mais antigas e históricas cidades do Estado do Pará, Bragança, ganhou hoje, 31 de janeiro, uma nova sede da Defensoria Pública. O prédio, que foi cedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, foi reformado e agora conta um amplo espaço de atendimento aos assistidos do município. A inauguração contou com a presença de diversas autoridades, com a da Defensora Pública Geral, Jeniffer de Barros Rodrigues; do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Leonardo Noronha de Tavares; e do Prefeito municipal, Raimundo Nonato de Oliveira.
As obras começaram em meados de setembro de 2019 e a nova sede dispõe de um amplo espaço de espera, brinquedoteca, acessibilidade e gabinetes para atendimento dos defensores públicos. Com a inauguração realizada hoje, chega a 13 o número de sedes entregues à população em Belém e no interior do Estado, desde 2016.
Ao discursar na inauguração da nova sede de Bragança, Jeniffer de Barros Rodrigues, falou que partiu do próprio Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Leonardo de Noronha Tavares, fazer a cessão do imóvel à Defensoria Pública. “O resultado foi tão positivo, porque, por um lado era um imóvel desocupado, e do outro tínhamos nós procurando um novo espaço para a Defensoria. E nós já conversamos e devemos assinar também um Termo de Cessão, que deve culminar nas novas sedes para Itaituba e Salinas nos próximos nesses”, disse.
Na ocasião, a Defensora Pública Geral fez um agradecimento especial ao desembargador Leonardo de Noronha Tavares. “Essa inauguração é um exemplo da sua humildade e do seu espírito de servir. E nenhum momento houve qualquer obstáculo por se tratar de um patrimônio do Tribunal de Justiça. Ciente da necessidade da população de Bragança e das dificuldades que estavam no entorno desse atendimento, prontamente ofereceu não só este imóvel, como os outros do Tribunal no estado que estão desocupados para que a Defensoria Pública possa ocupar”, comemorou.
Por fim, comentou sobre como a Defensoria Pública ajuda os assistidos que procuram a instituição. “Nós prestamos assistência jurídica, mas não no sentido de assistencialismo ou de um favor, mas de realmente cooperar para que a população possa estar ciente dos seus direitos e cobrar os seus direitos de quem deve prestá-los. E que essa sociedade tenha consciência de que a Defensoria Pública é um instrumento de acesso à justiça e que, portanto, ela possa pleitear junto aos poderes constituídos o fortalecimento da instituição. Eu desejo aos que vão trabalhar aqui uma jornada de muita felicidade e que venha mais estrutura, defensores e servidores e que assim o sistema de justiça possa funcionar como uma engrenagem completa”, finalizou.
O desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Leonardo Noronha de Tavares, responsável pela cessão do imóvel à Defensoria Pública, afirmou estar feliz com o resultado. “A satisfação enorme e me surpreende até com a cor da casa, uma cor alegre, que traze fluídos positivos. A função da Defensoria Pública é tentar conciliar, ajustar e dar uma assistência ao povo”, garantiu. “Cuidem daqui que também é a casa de vocês. E eu desejo sucesso aos defensores que desenvolvem suas atividades aqui”, concluiu.
A coordenadora da Regional Caeté da Defensoria Pública disse que mais esta inauguração reflete o compromisso da gestão com os assistidos da Defensoria Pública, principalmente os do interior. “Os nossos assistidos, que são nosso foco, serão muito bem recebidos. A brinquedoteca foi o que mais me chamou atenção assim que chegamos, pois trata da questão da preocupação das mães que vêm com seus filhos pequenos e o espaço para a criança enquanto esperam. Eu espero que todos vocês gostem do novo espaço e se sintam bem acolhidos, colaborem com o trabalho da Defensoria Pública”, disse.
Os nossos assistidos também participaram da inauguração da nova sede. O Balcão de Direitos realizou uma ação de cidadania que contou com a emissão de carteiras de trabalho, emissão de ofícios para os cartórios e mutirão de atendimento cíveis. Quem chegou cedo na fila para garantir uma carteira de identidade foi o lavrador, Ronaldo Ribeiro da Rosa. Ele que mora na zona rural de Bragança, não perdeu a oportunidade de garantir o documento. “Nós que moramos no interior às vezes temos mais dificuldades de conseguir uma identidade. Por isso, não perdi essa oportunidade”, falou.
MARUJADA
O final da inauguração da sede de Bragança foi com festa: a Marujada. Dedicada ao santo preto, São Benedito, a Marujada é constituída quase exclusivamente por mulheres, cabendo a estas a direção e a organização. Os homens são tocadores ou simplesmente acompanhantes. Não há número limitado de marujas, nem tão poucos há papéis a desempenhar. Nem uma só palavra é articulada, falada ou cantada como auto ou como argumentação. Não há dramatização de qualquer feito marítimo. A Marujada de Bragança é estritamente caracterizada pela dança, cujo motivo musical único é o retumbão.
Estiveram presentes a Diretora da Escola Superior, Alessandra Damasceno Guedes; o Diretor Administrativo e Financeiro, Anderson Serrão; a Diretora Metropolitana, Symonne Filocreão; a Diretora do Interior, Paula Michelly Brito; a coordenadora Cível/Fazenda, Leiliana Soares; a coordenadora da Regional Carajás, Gisele Vieira; o coordenador de Políticas Cíveis, Anderson Pereira; e os defensores públicos Ludmila Lobão e Adonai Farias. Representantes da Polícia Civil, Militar, da Prefeitura Municipal, os promotores e juízes de Bragança e a imprensa local acompanharam a inauguração.
