O Coordenador da Comissão Especial da Saúde da ANADEP, Ramiro Sant'Ana, palestrou nesta quarta-feira (18), na XIV Semana de Enfermagem do Uniceub, renomada universidade de Brasília. O tema abordado foi "O cenário político, econômico e o direito à saúde no Brasil". A participação da Associação na palestra faz parte do calendário de atividades da campanha nacional dos defensores públicos, cujo tema é "Acesso à saúde: garantir o seu direito é nosso maior feito".
O Uniceub foi parceiro da ANADEP no mutirão de atendimento na área da saúde, que ocorreu em Brasília, no início de maio. Na ocasião, foi montada uma tenda para serviços como aferição de pressão e teste de glicemia gratuitos.
Ramiro falou sobre a construção do Sistema Único de Saúde e o contexto de crise, o qual, o país está passando. Ele também pontuou a curva de crescimento da contratação dos planos de saúde no Brasil. Logo após, falou da judicialização na área da saúde, que surgiu na década de 90 e teve um auge nos anos 2000.
"Quando falamos da atuação da Defensoria na área da saúde, estamos falando de pessoas que estão jogadas no canto e que após a nossa atuação são trazidas à luz. Salvar vidas tem um caráter muito forte e isso mostra como o direito se estrutura nessa área. Temos várias experiências que são exitosas, mas também emancipatórias. Nosso maior objetivo é emancipar o cidadão, por isso, muitas vezes atuamos em outra vertente que é fazer um trabalho em rede e contribuir para que as políticas públicas do setor sejam atualizadas e concretizadas", afirmou.
No Brasil, apenas em 2015, a Defensoria Pública realizou mais de 590 mil atendimentos na área da saúde. Entre as principais demandas estão: falta de medicamentos, vaga em UTI, marcação de exames e de cirurgias, tratamento de câncer, fornecimento de fraldas (para idosos e pessoas com alguma deficiência) e suplementos alimentares para dietas especiais. No Distrito Federal, os atendimentos no ano passado somam 19 mil. Só neste ano, já foram realizados quase dois mil atendimentos, uma média de 70 por dia. Já no Rio de Janeiro, 70% das ações de saúde são propostas pela Defensoria.
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