Sob o tema “Registro Civil e transexualidade”, a psicóloga com atuação no campo da Diversidade Sexual Cristiana Serra, abriu nesta sexta-feira (29) o I FÓRUM DE DEFENSORIAS PÚBLICAS E DIREITOS LGBTI, promovido pela ANADEP, no Rio de Janeiro. O evento visa aprovar proposições para todas as Defensorias Públicas no Brasil sobre atuação em defesa dos direitos LGBTI e dar encaminhamento às principais demandas de interesse desta comunidade através do contato direto com os movimentos sociais.
Segundo Cristiana Serra é preciso observar as singularidades deste grupo e promover o diálogo e a reflexão. “Nega-se às pessoas trans a forma como elas querem viver. Temos que dar espaço para essas pessoas falarem”, apontou a psicóloga.
Já o professor e pesquisador do Laboratório Integrado em Diversidade Sexual e de Gênero, Políticas e Direitos da Universidade do Rio de Janeiro (LIDIS/UERJ), Guilherme Almeida, cobrou uma atuação mais profícua do órgãos do Poder Judiciário e também criticou o acesso aos serviços de saúde para a população trans. “Sonho que o Dia da Invisibilidade não seja mais necessário”, reforçou.
A assessora do deputado Jean Wyllys – parlamentar que tem focado nas questões LGBTI – Alessandra Ramos pontuou sobre o preconceito da população trans e sobre a violência física e psicológica pela qual as pessoas passam no cotidiano. "As questões das pessoas trans afrontam a sociedade porque não há ainda o diálogo necessário. Estamos ainda vivendo um momento que as pessoas trans ainda são objetificadas e é necessário que as pessoas entendam que somos cidadãos de direitos e estamos aqui para sermos vistos”, disse.
Por fim, a professora assistente do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade do Rio de Janeiro Mirian Ventura fez uma apresentação com a jurisprudência sobre a temática da saúde e da cidadania.
A mediação do debate foi realizada pelo defensor público do Maranhão Vitor Eduardo Oliveira.
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