Instagram Facebook Twitter YouTube Flickr Spotify
02/12/2014

Implantação do Programa Braços Abertos na Cracolândia de SP marca segunda fala do VI Seminário da ENADEP

Fonte: Ascom ANADEP
Estado: RJ/DF

O relato da atuação no território que se tornou conhecido nacionalmente como uma espécie de símbolo da devastação trazida pela disseminação do uso de crack no Brasil, a Cracolândia, marcou a segunda fala do VI Seminário da ENADEP, que ocorre ao logo de todo o dia de hoje (2) no Rio de Janeiro. Trazidos pela secretária de Desenvolvimento Social da prefeitura de São Paulo, Luciana Temer, os detalhes sobre a implantação do programa Braços Abertos emocionaram os defensores presentes no encontro. “Não sou uma especialista em drogas, não sou da área da assistência social nem da saúde, mas acabei me aprofundando neste tema por uma situação do cotidiano de São Paulo que tornava óbvia a necessidade de tratar aquelas pessoas com um olhar holístico”, inicou Luciana.

Segundo a secretária, o Braços Abertos partiu deste olhar contaxtualizado de uma abordagem que necessitava ir além da internação, do tratamento psiquiátrico. Justamente por atender um usuário específico, de altíssima vulnerabilidade, em situação de rua, seria necessário um mecanismo para romper com esse ciclo perverso de retorno à mesma situação por não ter para onde retornar. “Não atendemos o menino e a menina que possuem uma família estruturada. O recorte que fazemos é de pessoas que não tem mesmo pra onde voltar”, explicou, argumentando que o grupo inclusive trabalha com a internação como parte do processo, porém de forma voluntária, já que o indivíduo precisa ter o desejo de receber o tratamento. 

Despertar o desejo de uma nova vida

Assim, a implantação do programa neste território, que já havia sido alvo de intervenções desastrosas, se deu a partir da montagem de uma tenda, com aproximação inicial. Após essa etapa, em dois meses, cerca de 400 pessoas já estavam frequentando o local para buscar atendimento médico quando necessário, alimentação ou apenas assistir TV. Em seis meses, o grupo decidiu ir além e  foi buscar parcerias para oferta de abrigos, buscando desmontar cerca de 300 barracas. “Identificamos pequenos traficantes e lideranças e fomos saber o que eles queriam para desmontar as barracas. E eles nos disseram que queriam onde morar e trabalho. Assim, pactuamos com hotéis no entorno que sustentavam-se da prostituição e do tráfico, com restaurantes populares para oferta de comida e oferecemos trabalho por quatro horas ao dia, mais capacitação”, relatou a articuladora.

Em uma primeira leva, 300 pessoas aderiram. Hoje há 468 beneficiados com trabalho: 168 mulheres, 300 homens, 234 sem ensino fundamental e 13 analfabetos. 41 destas pessoas conseguiram recuperar vínculos familiares e 40 estão sendo preparados para um emprego formal. “Há os que retornam, que recaem, e nós sabemos disso. O difícil é fazer a sociedade entender que, ainda assim, vale a pena investir neste trabalho, que é cotidiano. Trata-se deu um programa para despertar o desejo de uma outra vida”, definiu.

Compartilhar no Facebook Tweet Enviar por e-mail Imprimir
AGENDA
7 de julho
Reunião de Diretoria
8 de julho
AGE
5 de agosto
AGE
8 de setembro
Reunião de Diretoria
9 de setembro
AGE
7 de outubro
AGE
10 de novembro
Reunião de Diretoria
11 de novembro
AGE
1º de dezembro
Reunião de Diretoria
2 de dezembro
AGE
 
COMISSÕES
TEMÁTICAS
NOTAS
TÉCNICAS
Acompanhe o nosso trabalho legislativo
NOTAS
PÚBLICAS
ANADEP
EXPRESS
HISTÓRIAS DE
DEFENSOR (A)