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11/11/2013

Aracaju: Ocupantes do edifício Casarão do Parque temem despejo

Fonte: Infonet e Viagora Brasil
Estado: SE
Prédio continua ocupado pelas famílias (Fotos: Portal Infonet)

A notícia de que o edifício Casarão do Parque, entre as ruas Propriá e Capela, no Centro de Aracaju, deixou as famílias temerosas. Na manhã deste domingo, 10, alguns moradores, ainda assustados, demonstraram preocupação e retiravam alguns entulhos de dentro dos apartamentos. Na última sexta-feira, 08, o Movimento Sem Casa (MSC) realizou um protesto reivindicando a desapropriação do imóvel.

As 125 famílias teriam que cumprir um mandado de reintegração de posse neste domingo, mas segundo os moradores, a ordem de despejo foi suspensa. Na última sexta-feira, 08, a Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por intermédio dos Núcleos de Bairros e Direitos Humanos, ingressou com medida cautelar incidental, para suspender a liminar de Reintegração de Posse do Edifício.

A Defensoria Pública entrou com medida cautelar onde pede a suspensão da reintegração de posse do edifício Casarão do centro. Segundo a assessoria da Defensoria, a medida foi tomada porque não teriam sido adotadas as precauções necessárias como uma definição para onde vão as 200 famílias que ocupam o prédio. A defensoria questiona ainda o fato de o prédio está abandonado há mais de 20 anos e nunca ter sido derrubado ou interditado. No sábado as famílias fecharam algumas ruas do Centro da capital num protesto contra a decisão da justiça.

 

Uma das ocupantes do prédio, Heleneide Santos Silva, disse estar assustada com o que pode acontecer, caso tenha que deixar o local. Ela conta que vive com o pai, um idoso de 82 anos, e não tem para onde ir. “A Prefeitura não faz nada pelos mais fracos. Eu não sei o que vou fazer se me jogarem na rua com meu pai, que é idoso e tem dificuldade para andar”, teme.

Antônio Carlos "Não sei para onde vou"

Já o ajudante de pedreiro Antônio Carlos de Jesus garante que vai lutar até que consiga um lugar para morar. Ele conta que veio do município de Simão Dias em busca de oportunidades na capital, mas não teve sucesso. “Eu sou do interior e vim para a capital em busca de trabalho, mas não está sendo fácil. Então resolvi morar aqui neste prédio até que consiga um local para morar. Se nos tirarem daqui terei que morar na rua”, disse.

Reintegração

A decisão pela reintegração de posse em favor de Alexandre Sabino Ribeiro Chaves, proprietário do imóvel, foi assinada pela juíza substituta Vanessa Neves Serafim Souto, da 11ª Vara Cível.  A decisão foi tomada no dia 14 de junho deste ano.

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