“Em um país em que tudo se paga, encontrar um órgão, como a Defensoria Pública, que dá toda a orientação, facilita a nossa vida e não cobra nada por isso é inacreditável”. E o autônomo Helton Oliveira e os demais moradores de Valente e cidades vizinhas acreditaram tanto no trabalho da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) que, nesta quinta-feira, 19, a Unidade Móvel de Atendimento da Instituição voltou à cidade e acrescentou mais 52 atendimentos.
Quando a Unidade Móvel esteve em Valente, há um ano, o autônomo ainda não pensava em casar com a operadora de caixa Marisangela Silva, mas foi só a UMA, como é mais conhecida, voltar que ele retomou a sua corrida pelo tão esperado “sim”. “Já tínhamos planos de casar, mas, além de toda a burocracia, as taxas são caras e não dava para pagar. Hoje resolvemos voltar a correr atrás e foi só a Defensoria chegar para facilitar”, comemorou o autônomo, que já saiu da Unidade Móvel direto para o Cartório de Registro Civil de Valente para entregar o ofício de requerimento da habilitação para casamento e de solicitação de isenção de todas as taxas. “Nem acredito!”, confessou a futura esposa.
Quem também não acreditou quando soube que a Defensoria estaria novamente na cidade foi o lavrador Robson de Jesus Amâncio, de 34 anos, que, na primeira vez, veio com seu suposto pai para fazer o exame de DNA para investigação de paternidade e, desta vez, veio retificar o registro de nascimento dos filhos para acrescentar o seu novo sobrenome e o nome do avô paterno das crianças. “Depois da vinda de vocês, minha vida mudou: o exame que fiz aqui com meu [suposto] pai deu negativo e isso me deu forças para descobrir quem era meu pai de verdade. Descobri e ele veio de Belo Horizonte me conhecer e me reconhecer espontaneamente”, relatou o lavrador, que também saiu da Unidade Móvel direto para o Cartório para entregar o ofício emitido pela Defensoria.
Se o pai do lavrador não teve dúvidas de que ele era mesmo seu filho, o instalador de câmeras Arsênio Henrique Araújo, 20 anos, preferiu atender ao chamado da mãe da pequena E.A., de 1 ano, para fazer o exame de DNA e descobrir se a menina é mesmo sua filha. “Toda criança tem que ter um pai”, resumiu a gari Edilaine Santos, 25 anos, que viu nas redes sociais a notícia de que a Defensoria estaria novamente na cidade.
Até amanhã
De acordo com o coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida, a volta da Defensoria a Valente mostra o quanto os moradores precisam dos serviços oferecidos pela Instituição. “A prova disso é que, quem veio da primeira vez, aprovou e aproveitou os nossos serviços e hoje voltou, seja para uma orientação jurídica, um acordo extrajudicial, uma retificação de registro, uma habilitação para casamento ou exame de DNA”, enumerou o coordenador, que, neste primeiro dia, dividiu os atendimentos com os defensores públicos Igor Raphael Novaes e Victor Rego e contou com o apoio dos servidores de Salvador e Serrinha.
O atendimento da Unidade Móvel em Valente segue até amanhã, 20, no mesmo horário e local: das 8 às 12h e das 13h30 às 16h, na Praça Getúlio Vargas (Forródromo).
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