O Projeto Defensores no Campo, uma parceria entre a Subsecretaria de Atividade Psicossocial – SUAP e o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do DF, realizou nessa sexta-feira (16), o terceiro mutirão de atendimentos no acampamento 8 de Março, próximo à Planaltina. Atualmente moram no local 89 famílias que sobrevivem da plantação de hortaliças, sem agrotóxico, que servem para consumo próprio e o que não é consumido e vendido. Na foto, os Defensores Públicos Rodrigo dos Santos e Ronan Ferreira Figueiredo com a Subsecretária da SUAP, Roberta de Ávila.
A equipe de psicólogos e assistentes sociais da SUAP e os defensores públicos atenderam 50 pessoas, sendo 38 encaminhamentos para assistência e tratamento de saúde, retirada de documentos e recebimento de benefícios socais e outros 12 atendimentos jurídicos. O acampamento recebeu o nome 8 de Março em homenagem ao grande número de mulheres guerreiras que lutam pela reforma agrária no Brasil.
Um exemplo dessa luta é a aposentada Dona Maria de Jesus Ribeiro, 74 anos, mãe de três filhos. Viúva, ela toma conta de dois filhos deficientes com comprometimento cerebral. Um deles tem 43 anos, e aos 18 foi atingido por um tiro enquanto brincava de roleta russa. O outro, tem 45 anos e em 2016 passou a depender dos cuidados da mãe depois que sofreu lesão cerebral severa ao ser vítima de um acidente de carro.
Com o Projeto Defensores no Campo, foi possível à Dona Maria receber o encaminhamento para fazer o cartão do idoso e do passe livre para os dois filhos deficientes. Ela também conseguiu fazer a solicitação para o recebimento dos benefícios da assistência social para os filhos com deficiência.
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