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Nº 007 - 10 de outubro de 2018
Cristiano Ronchi Lobo
O Histórias de Defensor(a) desta semana traz uma entrevista especial com Cristiano Lobo. Na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul há 13 anos, ele atua na 2ª Defensoria Cível e é coordenador da Região Norte do estado, abrangendo as comarcas de Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Rio Negro, Rio Verde de Mato grosso, Coxim, Pedro Gomes e Sonora. 
 
Nas horas vagas, Cristiano pratica o Mountain Bike, O esporte é uma das modalidade mais populares dentro do ciclismo e caracteriza-se por percursos com diversas irregularidades e obstáculos, como montanhas e trilhas. Adrenalina, emoção e contato com a natureza são os pontos mais marcantes do Mountain Bike, que surgiu em meados dos anos 50, na Califórnia. 
 
No Brasil, a primeira prova da modalidade aconteceu em 1988, no Rio de Janeiro. A partir de 1996, passou a ser um esporte olímpico, estreando nos Jogos Olímpicos de Atlanta.
 
Confira abaixo a íntegra da entrevista que Cristiano Lobo concedeu exclusivamente à equipe de comunicação da ANADEP:
 
ANADEP - 
1) Há quanto tempo você é defensor público? Por que decidiu ingressar na carreira?
Sou defensor público desde 2005. Ingressei na carreira por vivenciar a profissão como estagiário nos últimos anos da faculdade, embora no estado de São Paulo a Defensoria fosse atribuição da Procuradoria do Estado. Ante a inexistência da carreira em São Paulo e o conceito da Defensoria Pública de MS no cenário nacional, resolvi prestar o concurso no estado de MS.
2) Sabemos que você tem como hobby mountain bike. Como foi o seu início no esporte? 
Em 2016 participei como entusiasta de um passeio, “Pedal do Barro”, na cidade de Coxim e fiquei impressionado com a absurda diferença entre o meu nível e daqueles participantes com experiência na modalidade. Aquilo me chamou a atenção e resolvi que iria concorrer em igualdade de condições com aquele pessoal. Ainda estou tentando...
3) Já participou de competições?
No ano de 2018 entrei para a equipe "Strong Bike” da cidade de Coxim, cujos integrantes despontam na modalidade e possuem relevo no MTB nacional, iniciando os treinos e a participação em competições no estado de MS e vizinhos. Inclusive, o campeonato estadual de XCO (cross country olimpico) acabou recentemente no estado e eu fiquei em terceiro lugar.
 
4) Como é essa rotina com o esporte? Como são os treinos?
A rotina com o esporte precisa se amoldar à rotina junto à Defensoria Pública, cuja atuação se dá em período integral, o que dificulta a dedicação ao esporte. Os treinos ocorrem em tempos livres, geralmente quatro vezes por semana, entre duas e três horas, sempre muito flexível. Basicamente são dois tipos de treino: os curtos entre 30 a 50 km e os longos entre 50 e 100 km, revezáveis ao longo da semana entre estradas de terra, trilhas e asfalto.
5) Existe algum(a) esportista dessa modalidade que te inspira como referência? Por quê?
Atletas que me inspiram são os que me acompanham durante os treinos e as competições. Pessoas comuns, trabalhadoras, sem qualquer tipo de treino ou alimentação especiais, acompanhamento profissional ou patrocínio relevante e que ainda conseguem feitos incríveis no esporte. Essa, infelizmente, é a realidade da grande maioria dos atletas brasileiros.
6) Sabemos que o esporte é uma ferramenta eficaz para a inclusão social. No caso do mountain bike, você conhece algum projeto social/comunitário que inclua as pessoas neste esporte, que não é tão popular no Brasil?
No Brasil não se vê muitos projetos de inclusão, afora alguns casos como o futebol. O mesmo se dá com o MTB que poderia ser muito bem explorado com baixo investimento. O esporte, depois do estudo, é a maior ferramenta de inclusão social, pois através dele as pessoas podem superar adversidades econômicas e sociais para a realização dos desejos, exclusivamente por mérito pessoal.
7) O esporte te ajuda de alguma forma no seu dia a dia de defensor? 
Sim, existe grande similitude entre um esporte com maior dedicação e a profissão, que é a força concentrada dos esforços para executar uma tarefa e alcançar um objetivo. O esporte transforma o corpo e a mente e isso impactua direta e positivamente na força produtiva do trabalho, aumentando a concentração, a disposição e a própria renovação de energia.
8) E, por fim, o que você acha que precisa ser feito para o fortalecimento da Defensoria Pública?
Tenho o privilégio de pertencer a uma Defensoria Pública extremamente estruturada e organizada, o que não é realidade em muitos estados, mas ainda vemos uma distância das demais carreiras que integram o sistema jurídico. O maior investimento, melhor aparelhamento, facilitação de acesso aos integrantes da Instituição a níveis superiores de educação, como mestrado e doutorado são fundamentais, justamente para proporcionar a defesa dos direitos e garantias do cidadão hipossuficiente de forma cada vez mais eficaz, cumprindo a nobre missão da Instituição.
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