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INFORMATIVO da Associação Nacional dos Defensores Públicos
Nº 15 - 05 de novembro de 2012
João Dado
Deputado Federal pelo PDT-SP é titular da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e suplente na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Seu mandato vai até 2015.

O Deputado João Dado (PDT-SP) incorporou ao texto da Proposta de Emenda à Constituição nº 5/2011 (PEC 5/11) a emenda que propõe o fim dos subtetos previstos na Constituição Federal. Atualmente, há limites diferenciados para estados e municípios que não permitem, por exemplo, que um servidor público estadual tenha um limite remuneratório inferior ao de um federal. A PEC 5/11 estabelece como teto único dos funcionários públicos federais, estaduais e municipais o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), acabando com os subtetos previstos na Constituição Federal.

A PEC foi apresentada pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) e tem como relator o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG).
 
O ANADEP ENTREVISTA conversou com o parlamentar João Dado, que explica melhor os principais pontos do texto:  
João Dado destaca a importância da PEC 5/2011 para a Defensoria Pública
ANADEP - 
O Senhor sugeriu uma emenda que estabelece um teto único dos funcionários públicos federais, estaduais e municipais tendo como base o salário dos ministros do STF, acabando com os subtetos da Constituição. Qual a importância dessa medida?

O grande fator dessa PEC é que ela vai representar aos servidores e demais profissionais da área jurídica uma grande estabilidade. Ela vai corrigir as inseguranças salariais e a falta de isonomia contida no atual texto constitucional. Um dos exemplos que podemos citar é que, com o advento da Emenda Constitucional n° 41, de dezembro/2003, os servidores públicos de Estados e municípios passaram a ter o teto salarial vinculado ao subsídio de agente político de caráter transitório [Governador e Prefeito], subsídio este ao desabrigo da condição constitucional de irredutibilidade e sem qualquer garantia de revisão ou atualização anual de seu valor, o que trouxe redutores salariais e evidente insegurança remuneratória aos agentes públicos de Estado, a exemplo da carreira dos Defensores Públicos. Por causa desses exemplos, todas as mudanças que a PEC propõe serão importantes para o fortalecimento do Estado e de suas carreiras exclusivas, em benefício do interesse coletivo.

ANADEP - Estados e municípios alegam que vão ter dificuldades orçamentárias para cumprir essa medida, mesmo assim, o senhor acredita na aprovação da matéria?

Não acredito na hipótese de grandes dificuldades orçamentárias de Estados e Municípios para cumprimento das novas normas, até porque a maioria das Unidades da Federação já pratica, em suas Constituições Estaduais, a norma do teto único equivalente ao subsídio de Desembargador do Tribunal de Justiça.

ANADEP - Outro ponto da proposta é que apenas o Congresso Nacional possa, sem possibilidade de veto pelo Presidente da República, fixar esses valores. Essa é mais uma forma de garantir autonomia do Poder Legislativo?

Sim. Penso que a impossibilidade de veto presidencial vem ao encontro da concretização da independência entre os Poderes da União. Se observarmos o art. 2° da Constituição, ele dispõe sobre a independência e harmonia entre os Poderes da União, o que não vem sendo cumprido em matéria orçamentária, face à submissão dos poderes Judiciário e Legislativo ao Poder Executivo.

ANADEP - A PEC vai corrigir uma injustiça na diferença de limite remuneratório entre agentes públicos. Ela vai igualar o salário do Defensor Público-Geral Federal com o do Procurador-Geral da Justiça. Isso representa a valorização das DP's?

Acredito no valor igualitário das ações estatais desenvolvidas por agentes públicos, quer sejam vinculados à União, quer às Unidades da Federação, já que todos agem em defesa do Estado e de seu povo. Dessa forma, reafirmo a importância do teto salarial único para todos os servidores e agentes públicos do país, sem qualquer discriminação. A fixação de idêntico subsídio entre Ministro do STF e o Defensor Público-Geral Federal espelhará a igualdade de relevância, para o Estado, das ações desenvolvidas por esses agentes públicos, revalorizando toda a estrutura da Defensoria Pública do país.

ANADEP - Hoje, a PEC 5 aguarda apenas a análise direta do plenário da Câmara, tendo ainda que passar por uma votação de dois turnos na Casa, antes de ir para o Senado. O senhor acha que ela será colocada na Ordem do Dia ainda em 2012?

Acredito que em 2012 já consigamos colocar a PEC 5 na ordem de votação. Penso que em novembro já consigamos colocá-la em pauta, uma vez que há uma grande tendência na Casa para a aprovação da proposta.

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