A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) é aliada daqueles que têm seu direito à saúde desrespeitado. Somente nesta semana foram atendidos dez casos de pacientes que necessitavam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não conseguíam a vaga. O caminho para buscar a ajuda dos defensores públicos neste tipo de caso é procurar o atendimento na unidade da DPE-GO no prédio anexo ao Fórum Cível (Avenida Olinda, Park Lozandes, em Goiânia), das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Após as 18 horas, nos finais de semana ou feriados, o interessado pode solicitar o atendimento da Defensoria Pública por meio do telefone (62) 98570-6369.
A família de Cleimir Ferreira, 50 anos, foi uma das atendidas na última semana. Após dez dias internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Canedo aguardando transferência para leito de UTI, o quadro de saúde de Cleimir foi se agravando. “Eu percebi que ela estava definhando e nada de arrumarem a vaga de UTI. Aí resolvi procurar ajuda”, relembra a Miliana Candida Rosa, 59 anos, cunhada da paciente. Cleimir estava com pneumonia, água no pulmão, necessitava de oxigênio e corria o risco de parênquimia adjacente. O caso dela era prioridade máxima. Após peregrinar por diversos órgãos ela conheceu o trabalho realizado pela Defensoria Pública.
“Elas pegaram meu pedido e colocaram na mão do juiz. No outro dia cedo minha cunhada estava sendo transferida para a UTI. Nem sei como agradecer. Me deixaram à vontade, durante todo o dia as assessoras e a defensora foram me atualizando do que estava acontecendo”, completa Miliana. Na terça-feira (13/03), em posse da documentação necessária para a solicitação judicial, Miliana procurou o atendimento na DPE-GO. No mesmo dia a Defensoria Pública propôs a ação e a justiça determinou a transferência para leito de UTI em 24 horas. Na quarta-feira (14/03) de manhã ela foi transferida para o Hospital Jacob Fucuri.
O mestre de obras José Aldo dos Santos, 40 anos, não acreditava que conseguiria atendimento. No dia 8 de março seu pai sofreu um AVC e desde então aguardava a disponibilização de leito em UTI em um hospital onde pudesse ser operado. A demora na transferência fez com que ele buscasse a Defensoria Pública do Estado de Goiás. “Eu fiquei surpreso. Procurei a Defensoria porque meu pai necessitava urgentemente de transferência para UTI e mesmo sem estar com todos os documentos, a defensora pública Michelle me atendeu, foi muito atenciosa e no mesmo dia entrou com a ação”, comenta. Foram protocolados três pedidos judiciais até que a vaga fosse disponibilizada [leia aqui].
PASSO A PASSO
A defensora pública Michelle Bitta Alencar Sousa, da titular da 2ª Defensoria Pública Especializada de Atendimento Inicial em Saúde da Capital, explica que o interessado deve apresentar durante o atendimento os documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de endereço e de renda) do paciente e do acompanhante, bem como o laudo médico.
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