A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e o município de Campo Grande fizeram um acordo para tentar diminuir o número de ações judiciais referentes à saúde. Desde o dia 20 de fevereiro, toda vez que os defensores recebem alguma denúncia, a saúde municipal tem um prazo para resolver o problema, antes que vire processo.
Das 2 mil demandas, em média, atendidas todo mês pela Defensoria Pública de Campo Grande, cerca de 500 estão relacionadas a questões de saúde. Pedidos de consultas, exames e cirurgias são alguns dos exemplos, mas a maior reclamação é sobre a falta de medicamentos. De acordo com a diretoria de assistência à saúde, o município oferece atualmente 350 tipos de remédios, dos quais 24 estão em falta.
Antes do acordo, solicitações como estas eram transformadas imediatamente em ações judiciais. Agora, o pedido sai das mãos do defensor e vai direto para as enfermeiras, que têm 24 horas para apresentar uma solução.
De acordo com Tatyana Weber Leite, enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), nos primeiros dias ela recebeu 25 pedidos referentes a agendamentos com neurologistas e falta de medicamentos. Do total de pedidos, 60% foi resolvido.
Com o convênio entre os órgãos, a expectativa é reduzir em 30% o número de ações judiciais, mas só podem procurar a Defensoria aquelas pessoas que tentaram e não conseguiram atendimento na rede municipal de saúde.
Em Campo Grande, o órgão funciona em três unidades de atendimento, além da segunda instância. Confira os endereços abaixo:
- Unidade Centro, localizada na rua Antonio Maria Coelho, 1.668, Centro;
- Unidade Fórum, localizada na rua da Paz, 14, Anexo ao Fórum;
- Unidade Horto, localizada na rua Joel Dibo, 238, Centro;
- Segunda Instância, localizada na rua Raul Pires Barbosa, 1.503, Chácara Cachoeira
Informações podem ser obtidas pelo disque-defensoria pelo número 129.