A coordenadora do Núcleo de Assistência Jurídica ao Consumidor da Defensoria Pública de Alagoas, a defensora pública, Norma Negrão, solicitou que a Polícia Civil de Alagoas abra um inquérito para investigar a morte de um bebê de 8 meses, que faleceu enquanto estava internado no hospital Hapvida. A solicitação foi feita após familiares do bebê Antony Jarbas denunciar negligência médica.
De acordo com a defensora pública, além do inquérito o corpo do bebê deve ser submetido a necropsia, já que o laudo clínico aponta a causa da morte como fator indeterminado. O pedido foi feito porque familiares alegam que a criança não recebeu o tratamento adequado pela equipe do hospital, que foi forçada por ordem judicial a aceitar a internação do bebê que estava vinculado há poucos dias ao plano de saúde.
A madrinha do bebê, Michele Medeiros, disse que as evidências de negligência médica são muitas, e que os gestores do hospital devem ser responsabilizados. A família do Antony vinha há dias tentando tratar a criança no hospital Hapvida, mas o plano de saúde alegava carência mesmo diante da gravidade da doença. Assim, quando conseguiram a internação por ordem judicial o tratamento dado ao caso foi negligente, tanto que piorou e acabou falecendo, expôs.
A assessoria de comunicação do Hapvida informou que os gestores desconhecem qualquer tratamento diferenciado prestado ao paciente, e que não houve negligência.
Internação
A mãe do bebê procurou na sexta-feira (26) a Defensoria Pública Estadual para poder internar a criança que estava sofrendo de problemas pulmonares e cardíacos. Segundo ela, havia pouco tempo que a família adquiriu plano de saúde do Hapvida. Assim, o hospital negava a internação pois alegava carência e que o plano não cobria.
Diante da situação a defensora Norma Negrão entrou com uma ação e conseguiu uma decisão judicial obrigando a internação da criança, pois o quadro era evolutivo, com o recém nascido apresentando febre a mais de 2 semanas. Caso a decisão não fosse cumprida o plano teria q pagar uma multa de R$ 500.
De acordo com a Defensoria Pública, assim que saiu a ordem da justiça o oficial foi levar a liminar até o hospital para internamento do bebê, no entanto os gestores do hospital negaram a internação. No mesmo dia o juiz responsável pelo caso ordenou um mandado de prisão para os gestores e aumentou a multa para R$ 50 mil.
A criança foi internada, mas familiares disseram que o tratamento não foi feito de forma adequada, resultando até em atraso no horário de medicamentos.