Eles têm bastante experiência, muita história para contar, anos de serviços prestados e conhecimentos que, por muitas vezes, não se absorve buscando na internet. Eles merecem todo nosso respeito, mas nem sempre recebem. De quem estamos falando? Dos idosos.
A fim de alertar sobre atos de violência cometidos contra essa parcela da população, a Defensoria Pública da Bahia – DPE/BA participou de evento em celebração ao Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. A comemoração iniciou no último sábado 15 e seguiu até o dia 17 e foi promovido pela prefeitura de Paulo Afonso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
A defensora pública Natalie Navarro, atuante na comarca da cidade, representou a instituição na segunda, 17, no auditório do Memorial Chesf, promovendo palestra sobre o assunto. A defensora levantou temas como: a atuação da DPE/BA em relação às pessoas consideradas vulneráveis; efetivação dos direitos previstos no Estatuto do Idoso, com foco na violência e suas inúmeras formas, além de ressaltar o aumento nos casos de violência entre os anos de 2017 e 2018.
“São diversas as maneiras de cometer violência contra os idosos. Podem ser tanto físicas, psicológicas, financeiras, assim como, o abandono e a negligência, todas consideradas crimes. É importante denunciar e ressaltar que essa denúncia pode ser feita, inclusive, de forma anônima, em quaisquer dos órgãos responsáveis”, ressaltou.
Defensoria Pública, Disque 100, Ministério Público, Delegacia de Polícia e Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos são exemplos de instituições a quem recorrer.
Cresce número de violência contra idosos
Na ocasião a defensora Natalie Navarro apontou o levantamento feito pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que revelou que, no ano passado, o número de denúncias de violência contra idosos no Brasil aumentou 13% na comparação com 2017. O serviço federal Disque 100 recebeu mais de 37 mil denúncias: 38% foram de negligência, 26% de violência psicológica – xingamentos, humilhação, por exemplo -, quase 20% das ligações denunciaram abusos financeiros e patrimoniais – como ficar com a aposentadoria ou destruir bens do idoso – e 12% das denúncias foram de violência física.
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