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15/03/2018

“Saúde mental e gênero” é tema do encerramento do seminário “A Mulher na Defensoria Pública”

Fonte: ASCOM ANADEP
Estado: DF

A professora e doutora em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), Valeska Zanello, palestrou durante o encerramento do seminário “A mulher na Defensoria Pública”. Seu painel abordou "Saúde Mental e Gênero" – tema de sua dissertação. Os resultados do estudo apontaram que a experiência do adoecimento psíquico é coloca em xeque de maneiras distintas entre homens e mulheres em processo de tratamento em saúde mental.

"Gênero sempre aponta relações de poder e essa ideia de gênero tem uma influência nas desigualdades. Por exemplo, mulheres são enxergadas a partir de uma perspectiva de dispositivos amoroso e materno. Já os homens são observados sob uma perspectiva da eficácia. A maioria das relações heteroafetivas têm o dispositivo amoroso da mulher, por isso casamento é prejudicial para a saúde mental da mulher que luta para que aquela relação dê certo", comenta.

A especialista também comentou sobre a afirmação da masculinidade do homem. “Essa masculinidade também é avaliada sob uma perspectiva de virilidade heteroafetiva porque ser homem é não ser uma mulherzinha. Ao longo anos, eles vão embrutecendo no afeto e nas suas demais relações", citou.

O seminário “A imagem da mulher na mídia” realizou-se na nova sede da Escola da Defensoria Pública do Distrito Federal (EASJUR/DF), em Brasília, e foi uma iniciativa da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), a Comissão Especial dos Direitos da Mulher e a Escola Nacional de Defensores Públicos (ENADEP). O evento tinha como objetivo de promover reflexões acerca de questões relacionadas aos direitos das mulheres na sociedade e, especialmente, no âmbito da Instituição.

1º Diagnóstico de Gênero da DPRJ

Pouco antes do encerramento do seminário foi apresentado o 1º Diagnóstico de Gênero da DPRJ. O estudo promovido em parceria entre a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, as Associações dos Defensores e dos servidores da Defensoria, ADPERJ e ASDPERJ, e o Fórum Justiça mostra que, dos 794 defensores ativos, 532 são mulheres, o que representa 67% do total. No caso dos funcionários, dos 1.440, 857 são mulheres, correspondendo a 59% do quadro.

A pesquisa evidenciou uma realidade preocupante: 56% das defensoras públicas ouvidas já vivenciaram alguma reação negativa por parte das pessoas que buscam os serviços da instituição pelo fato de serem mulheres. Já 46% delas sentiram o mesmo por parte de outros profissionais do sistema de Justiça.

Para 59% das defensoras participantes da pesquisa suas opiniões ou ponto de vista já foram minimizados em reuniões de trabalho. E ainda: Quase metade delas (48%) afirmou ter sido vítima de comentários inapropriados e ofensivos durante o expediente. No caso das servidoras essa percentagem é de 42%.

Ainda de acordo com a pesquisa, a grande maioria das defensoras públicas (79,5%), e a maior parte das servidoras (66%), acha que a sua vida pessoal é mais afetada pelo exercício da profissão do que a de seus colegas homens. No âmbito doméstico, as participantes afirmaram dividir as tarefas domésticas com outros membros da família, mas a responsabilidade, 75% do trabalho, ainda pesa sobre elas.

Outro ponto importante do Diagnóstico tratou da maternidade. De acordo com os dados, 77% das defensoras tem filhos contra 44% das servidoras.

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