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Nº 030 - 26 de setembro de 2019
Roberta Nozari
E o projeto "Histórias de Defensora" desta semana vem com mais uma atleta para completar o time.
 
Dessa vez, nossa conversa é com a defensora pública do Rio Grande do Sul Roberta Nozari, que adotou a corrida como o seu esporte oficial.
 
Para Roberta, além de ser uma questão de qualidade de vida e de saúde mental, o esporte a ajudou, inclusive, a passar no concurso de defensora pública. "Me ensinou a ter muita disciplina, a perseverar e a ter foco nos objetivos."
 
Como atleta e defensora, ela busca um mundo melhor. "Começo pelos meus atos e pelas minhas atitudes. Pela busca de um meio ambiente equilibrado, pela busca do auxílio ao próximo, pela busca da felicidade, não só minha, como das pessoas que me rodeiam, que fazem parte da sociedade, que estão excluídos da sociedade e encontram-se encarcerados".
 
Se você também gosta de corridas e quer ficar por dentro dessa modalidade, confira a entrevista:
 
 
ANADEP - 
Por que decidiu ingressar na carreira? Como foi este ingresso?
Eu sempre gostei do cargo de defensora pública, principalmente por seu lado mais humano, sensível, de trabalhar lado a lado com a população hipossuficiente, de garantir os direitos àquelas pessoas mais desprovidas de proteção. Sou defensora há sete anos e já atuei em diversas comarcas, como em São Francisco de Assis, São Vicente do Sul, Santiago, Jaguari e Rio Pardo. Hoje atuo na comarca de Vera Cruz e as terça-feiras visito um dos maiores presídios da região de Venâncio Aires. Lá estão cerca de 600 presos. 
 
 
Inauguração da sede da Defensoria Regional de Vera Cruz, inaugurada em março deste ano
Hoje, além da atuação na Defensoria, você participa de corridas. Quando começou a praticar?
Comecei a correr por prazer ainda com uns 18 anos, mas foi aos 36 que comecei a levar os treinos mais a sério. A prática da corrida, além de ser um hábito saudável, por proporcionar maior qualidade de vida, é uma questão de superação, de vencer desafios e obstáculos.
 
O que o esporte significa para você?

O esporte significa uma vida equilibrada. Atualmente, por exemplo, estou grávida de quase 14 semanas. Então, por óbvio, que a intensidade dos exercícios diminuiu, mas continuo praticando diariamente. É uma questão de saúde física e mental, com certeza, para ter um melhor relacionamento no próprio trabalho e fora dele.

Quais campeonatos você já participou?
Já participei de muitos campeonatos. Os tipos de corrida que mais gosto são as de montanha, chamadas de trail run, e também as de longas distâncias, as chamadas ultramaratonas (mais de 42 km). No ano de 2019, o meu título mais importante foi em janeiro/2019, a clássica ultramaratona do litoral gaúcho - TTT, Travessia Torres Tramandaí - são 82km nas areias da orla gaúcha - fui a campeã geral feminina.
 
 
 
 
Treinar para uma maratona exige uma dedicação. Como é a sua rotina de treinos e cuidados com a saúde?

Treinar para uma maratona exige dedicação. Treinar para uma ultramaratona exige uma dedicação maior ainda. É necessária uma alimentação balanceada, ressaltando que sou vegetariana e evito o consumo de lácteos e derivados de animais. É necessária uma planilha de treinamento que vai ficando mais intensa de acordo com o cronograma de competição. Importante também é ter perseverança, foco e disciplina. Na verdade, o esporte me auxiliou, inclusive, a passar no concurso de defensora, pois me ensinou a ter muita disciplina, a perseverar e a ter foco nos objetivos.

Quem são seus ídolos (dentro ou fora do esporte)? Por quê?
Na verdade não tenho ídolos específicos. Admiro pessoas comuns, atribuladas, que no meio do dia a dia corrido, "arranjam" tempo, vontade e força para vencer, seja no esporte, seja na área  profissional, seja auxiliando o próximo perante a sociedade.
 
Qual a sua motivação pessoal?

É a busca de um mundo melhor, que comece pelos meus atos, pelas minhas atitudes. Pela busca de um meio ambiente equilibrado, pela busca do auxílio ao próximo, pela busca da felicidade, não só minha como das pessoas que me rodeiam, que fazem parte da sociedade, que estão excluídos da sociedade e encontram-se encarcerados.

E, por fim, o que você acha que precisa ser feito para o fortalecimento da Defensoria Pública?

A Defensoria, ao longo dos anos, vem crescendo gradativamente, o que é visível em todos os aspectos. Mas a união dos colegas, a sensibilidade para com o próximo, saber enxergar as pessoas não como partes de um jogo processual, mas como pessoas com sentimentos que necessitam do nosso auxílio, é sempre importante para o crescimento da nossa instituição.

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