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Nº 028 - 29 de agosto de 2019
Aldeide Santana
Colorir, o simples ato de pintar uma superfície em branco tem algo mais do que um propósito de criação. É um exercício de libertação e de conexão. Pintar dá matizes, tons e texturas a algo. 
 
Compostas por muitas cores, as pinturas da defensora pública Aldeide Santana, de 68 anos, transmitem alegria e paz para o ambiente. Prestes a se aposentar da carreira que atuou durante 25 anos, Aldeide agora pretende fazer da pintura em quadros sua nova profissão. "Afinal, a vida tem a cor que você pinta e que assim possar ser um arco-íris", disse.
 
Confira a entrevista na íntegra.
 

ANADEP - 
Há quanto tempo você é defensora pública? Por que decidiu ingressar na carreira?
Sou defensora pública há 25 anos, sendo oito anos em Tocantins e 17 em Roraima. Ingressei na carreira pela vontade que tinha de ajudar as pessoas carentes.  Atualmente, estou lotada na sede da capital atuando junto às varas de família. Com 68 anos de idade, estou prestes a me aposentar dessa linda trajetória dentro da Defensoria Pública. 
 
 
Formatura no curso de Direito
Hoje, além da atuação na Defensoria, você também é artista plástica. Como descobriu este talento?
Além do trabalho como defensora pública, também estou iniciando no mundo das artes plásticas. Este talento eu descobri muito cedo, quando frequentava a igreja, onde ficando horas e horas observando as imagens sacras. Porém, só agora em Boa Vista, tive a oportunidade de iniciar meus trabalhos. Já me atrevo a dar algumas pinceladas.
 
Desenvolvo meus trabalhos utilizando a técnica de acrílica sobre telas num estilo muito versátil.
 
 
Qual o seu quadro preferido?

A obra para o pintor é como um filho. Tenho um ateliê em minha casa, onde trabalho nas horas vagas. Porém, entre todas as minhas telas a que mais gosto é: o cavalo branco ao lado do lago e buritizais. 

Qual a importância da arte como forma de expressão?
A arte faz parte da área da comunicação e expressão. É uma atividade que exige muita paciência e concentração. A cada dia procura-se melhorar e mostrar a essência do ser humano.
 
Existe algum(a) artista(a) que te inspira? Por quê?

Admiro muitos artistas, entre eles estão: o francês Edouard Manet e o paulista Cândido Portinari, admiração que vem da força no início da cartéis e pelos traços nobres e finos.

Acredita que a arte é capaz de transformar as pessoas?

Sim! Uma vez que a pintura e a leitura são capaz de transportar a pessoa para um outro mundo.

 

Agora, próxima da sua aposentadoria, qual a reflexão que fica desta trajetória?

O reflexo que fica da minha passagem pela Defensoria é a sensação do dever cumprido. A nossa rotina é a de demonstrar que os nossos assistidos estão em pé de igualdade com qualquer cidadão perante a Justiça.

Qual o recado para quem ainda vai começar a trilhar este caminho que a senhora já percorreu?

O recado para aqueles que pretendem ingressar na carreira é: seja paciente e sincero. Faça com que o assistido acredite que o seu direito vale tanto quanto o daquele que está representado por advogado particular.

E, por fim, o que você acha que precisa ser feito para o fortalecimento da Defensoria Pública?
Eu entendo que o fortalecimento da Defensoria Pública depende basicamente de vontade pública. A Defensoria para ser forte depende de orçamento condizente com o trabalho prestado à população.
 
Por fim, aproveito para agradecer a oportunidade onde pude apresentar o meu trabalho: atividade que espero, em um futuro bem próximo, possa ser minha profissão.
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