Com vagas vazias, os leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do setor neonatal do HRT (Hospital Regional de Taguatinga), têm fila de espera por pacientes. Famílias de crianças que precisam de internação têm entrado na Justiça para conseguir vagas. É o caso da auxiliar de limpeza Joaquina Coelho. O neto dela nasceu prematuramente no último sábado (18) e precisa ser internado em uma UTI.
Imagens feitas no hospital mostram que os leitos estão vazios, mas o hospital não confirma o bloqueio total da unidade. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informa que dois leitos da UTI estão fechados por suspeita de contaminação e que aguarda o resultado de exames para saber se ha a presença de bactérias.
Um bebê morreu após pegar uma infecção no hospital no último sábado (18) por uma infecção. O bebê precisou utilizar um aparelho de respiração artificial que, segundo a família, estava com efeito. De acordo com a avó da criança, Izabel dos Santos, um líquido saía dos tubos e caía diretamente na criança, o que teria causado a infecção.
Segundo a Defensoria Pública do DF, somente neste mês, foram registradas 45 ações de pedidos judiciais para vagas em UTIs neonatais. Em todo o ano passado, foram 80.
A defensoria pediu um relatório a Secretaria de Saúde para saber a quantidade de UTIs bloqueadas e os motivos.
Procurada pela reportagem do R7 DF, a Secretaria de Saúde do DF informou que foram bloqueados, temporariamente, dois leitos da UTI Neonatal, sob orientação da Diretoria de Vigilância Sanitária, após avaliação técnica. A CGST (Coordenação Geral de Saúde de Taguatinga) ressalta que todas as providências estão sendo tomadas, inclusive com o acompanhamento técnico da DIVISA, NCIH e engenheiros clínicos especializados pelos equipamentos da unidade, a fim de promover a qualidade do atendimento na UTI Neonatal do HRT.